Docinhos: Função CEO - A Descoberta da Verdade (parte 11)

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"- Você está bem? – Dean perguntou pela milésima vez. Ele estava agitado, o que me deixa insegura.
- Sim. Já respondi várias vezes que sim – ele arqueou a sobrancelha olhando a minha imagem refletida no espelho. – Desculpe! Eu estou tensa.
- Eu sei. Não vai mesmo me dizer o que foi que conversou com ele? – meu rosto pegou fogo. Como eu poderia dizer a meu marido, mesmo que de mentira, que eu havia me masturbado em frente a janela, olhando Robert parado do lado de fora. Puta merda! 
- Ele queria conversar, apenas isso. Eu disse que ele deveria ir embora e foi o que fez – seu rosto deixava claro que não acreditava em mim. Não me dei ao trabalho de tentar explicar"

"A limousine, propositalmente alugada para satisfazer aos olhos da sociedade, parou em frente ao portal iluminado, onde fomos cordialmente recepcionados por uma garota de corpo perfeito e sorriso largo. 
- Bem vinda ao show – Dean sussurrou em meu ouvido assim que percebi que havia gente demais prestando atenção em nós dois.
Paramos um pouco após a porta principal, guiados por um imenso tapete vermelho, para pousarmos como um casal feliz para os diversos fotógrafos. Depois uma mulher que aparentava seus trinta anos, com um vestido preto sem decotes, porém justo ao corpo, que abria em uma saia comprida, com o habitual sorriso de quem recepciona em um evento daquele porte, e demonstrando toda a sua educação comprada, nós conduziu para o interior daquela imensa casa estilo colonial. Um amplo salão se abriu a nossa frente, iluminado da maneira mais sofisticada possível e repleto de casais que desfilavam e conversavam, sorrindo e confraternizando. 
- Aqui está a sua pulseira, Sra Bailey. Seu pulso por favor – a mulher que nos guiava estendeu em minha direção uma pulseira de cor púrpura, neon, que brilhava captando a atenção de quem olhasse em minha direção"


"- Como você pode participar de um evento como este sem ao menos se dar ao trabalho de pesquisar? 
- Simplesmente porque não estava com a minima vontade de participar. Esqueceu que estamos fazendo o jogo de Tanya? Ela está me jogando na fogueira e rezando para que eu me queime rapidamente – ele riu e passou a mão em meu rosto.
- Eu nunca vou deixar isso acontecer. Relaxe e vamos curtir a noite – suspirei e corri os olhos pelo salão. Eu sabia que a família Carter estaria presente, no entanto meus olhos buscavam por apenas um deles: Robert. - As pulseiras indicam que somos um casal – ele segurou meu pulso levando-o até o dele, colocando nossas pulseiras lado-a-lado. - Isso indica que em determinado momento da festa eu não poderei estar ao seu lado – ergui a sobrancelha surpresa com aquela revelação. Ele sorriu. – Por este motivo teremos os dotes, e as mesas – sorriu travesso. – Os dotes servem para arrecadar as doações. Funciona mais ou menos assim: primeiro temos que circular e verificar as damas disponíveis para darmos o dote. O cavalheiro não pode ofertar um dote pela sua dama, dando assim a oportunidade para que outras pessoas desfrutem da companhia dela. Está conseguindo acompanhar? – fiz uma careta, arrancando uma gargalhada do meu marido. – Certo. Quando escolher a mulher que deseja para aquela noite, é só buscar pela cor da sua pulseira nas mesas indicadas e fazer a sua oferta.
- Que horror!
- É divertido – ele sorriu e umedeceu os lábios. – Eu já sei quem será o meu alvo."


"Ele andava como se tivesse acabado de faze a sua oferta de dote, o que me fez estremecer, porque se não nos encontramos antes, com certeza sua oferta não foi para mim. Mas o que eu esperava? Que Robert tivesse coragem de oferecer uma quantia extraordinária apenas para passar pouco tempo ao meu lado? Para dançar algumas músicas e depois me ver voltar para os braços do meu marido? Claro que não. Tanya com certeza estava lá, aguardando por ele, ansiosa para descobrir quem seria a dama a desfrutar do seu marido. Era melhor não arriscar. Não era? Meu coração não sabia. Estar em seus braços era prazeroso, contudo seria forçar demais a minha capacidade mental, mas seria demasiadamente doloroso assisti-lo dançar e se divertir ao lado de outra pessoa, como se nosso amor não tivesse valor nenhum. 
Ele não me viu, ou não me olhou diretamente, mas aceitou uma taça de champagne ofertada pelo garçom que cruzou seu caminho. Colocou uma mão no bolso, afastando o seu Smoking, perfeitamente ajustado ao corpo definido que eu muito conhecia, e sorriu para um grupo logo a frente, onde, pude perceber naquele momento, Tanya estava"

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